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Death Mailler -~ Capítulo V [Origem]

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Death Mailler -~ Capítulo V [Origem] Empty Death Mailler -~ Capítulo V [Origem]

Mensagem por Kiko Chuck Qui Set 09, 2010 6:33 pm

============ Informações
Autor: Kiko Chuck
Censura: 16+
Gêneros principais: ação, drama e suspense.
=============================================
============ Capítulo V - [Origem]
Ao encontrar os jornais de dez anos atrás, percebo que não há notícias diferentes das que estavam no conservador de Porto Alegre. Parece que não há mais pistas e nenhum dos bairros que encontrei se encaixava com o bairro citado nos jornais daquela época.
-Que raios de bairro é esse?! – perguntei-me
-Pode ser que o bairro tenha mudado de nome... Não acha? – falou Bia – Em dez anos... Acho que mudou mesmo.
-Verdade.
Fui avançando as datas de pouco em pouco e logo parei onde havia começado: “Jovens assassinados em uma sala no Japão”. Um pouco mais embaixo havia outras notícias não tão importantes e algumas fotos pequenas, incluindo a foto de um carro que estava parado no meio de uma avenida similar à avenida que aparecia nas fotos dos assassinatos feitos pelo Dark Messenger na época do pai de Bia.
-É esse! Este é o bairro! – apontei para a foto.
-Mas isso aí é uma propaganda de automóvel...
-O bairro deve ter mudado de nome para apagar as péssimas lembranças que ficaram do Dark Messenger. Daí, um ano depois, decidiram usar o bairro para produção de fotos e vídeos comerciais, já que não havia cidadãos corajosos para viver ali.
-Bairro para produção de fotos e vídeos comerciais?
-Sim. Provavelmente deve ser um dos bairros mais famosos do Brasil.
-Seria o bairro dos artistas? – interrompeu-me – Se for, até faz sentido... Porém, não há casas naquela região, apenas sets de filmagem.
-Nenhuma área para turistas?
-Só poderemos ir amanhã, sábado.
-Vamos para o meu quarto no hotel, irei ler o livro que comprei.
-E o que vou fazer lá?
-Bem... Agora que está envolvida, não quero que fique sozinha.
O Dark Messenger pode ter deixado a pista propositalmente, ou não, mas com essa pista espero poder captura-lo em breve. Não sinto tanta saudade de Luana quanto achei que sentiria, chega a ser estranho. Aproveitei o tempo de espera pelo táxi para ligar para ela. Eram 16 horas aqui, ou seja, quatro da manhã no fuso-horário de Seul, Tóquio. Mesmo assim, ela atendeu:
-Alô...? – fala com uma voz estupidamente sonolenta.
-Lua?
-Ichi... Tinha que ligar agora? Estava num sonho tão bom!
-Também senti sua falta.
-E aí, como vai o caso?
-Descobri muitas coisas sobre o Dark Messenger... Acho que vou conseguir pega-lo.
-Bom saber... Estou sendo protegida por seus amigos de trabalho.
-Por quê?
-Eu era o alvo, lembra?
-Espera... Você também é uma sobrevivente do jogo...
-Exato... Corro o mesmo risco que você. Além disso, sua irmã de consideração sofreu um acidente... Parece que foi atropelada...
-Gina?
-Sim...
-Tome conta dela por mim... Já vou, o táxi chegou, tchau.
Não sei como alguém pode ter tanto poder. O Dark Messenger consegue mexer comigo, Luana e Beatriz ao mesmo tempo. É como se estivesse provocando todos os antigos jogadores para uma revanche comunitária.
-Quem era? – perguntou Bia.
-Minha namorada, Luana.
-Ah... Estão juntos a quanto tempo?
-O aniversário de nove anos está chegando...
-Nossa, parabéns!
-Ela também é uma sobrevivente do jogo... Porém, venceu matando todos à sua volta...
-Credo...
-Por isso ela não capturou ninguém. Ela me disse que o jogo dura 50 mortes.
-Afinal, como funciona o jogo?
-A cada morte você recebe regras que limitam mais e mais o jogo.
-Dessa forma, vai ficando mais difícil...
-Isso. Matando uma pessoa por dia, o jogo durará 50 dias. Seu pai jogou entre fevereiro e março, cerca de 34 dias, uma morte por dia. Provavelmente encontrou uma regra que o fez desistir.
-E por que vocês não denunciaram o jogo?
-Porque havia uma regra impedindo isso.
-Regras malditas...
-Era o que eu sempre dizia. – parei por um momento e depois de pensar e estranhar, continuei – Espera... Por que só poderemos ir ao bairro dos artistas amanhã?
-Eles usam os sets para gravações todos os dias, folgando aos sábados.
-Muitos turistas vão?
-Normalmente não... Não há muito a se ver por lá. Por quê?
-Seremos alvos fáceis. – Bia olhou para mim com cara de quem não entendeu – Pensa comigo: estamos em busca da cabeça do Dark Messenger; ele lança pistas, mas só podemos segui-las em certos dias; isso equivale a uma regra.
-Então... De certa forma, estamos jogando...?
-De certa forma, sim... Ele ou ela está brincando com a gente.
-Moço – fala o motorista do táxi –, já chegamos.
Ao chegarmos ao hotel, encerramos a conversa. Estávamos cansados mas, mesmo assim, eu iria ler o livro que comprei enquanto Bia descansava. O livro requer atenção, paciência e concentração, tudo que se resume em uma palavra: silêncio. Porém, silêncio demais me leva ao sono compulsivo, aquele sono o qual desliga toda nossa atenção e concentração e desperta nossos sonhos. Como se não bastasse o sono, o conforto do hotel de luxo foi feito para a elite rica.
-Uou... – falou Bia ao entrar no meu quarto – Terei uma noite de rainha!
-Uou mesmo – concordei –, se alguém falar para Luana que você vai dormir aqui, vou estar encrencado.
-Por quê? Ela é ciumenta? – com voz provocante, disse Bia.
-Digamos que sim...
Fechei a porta e fui tirando o livro da sacola plástica.
-Vou tomar banho... – falou Bia, tirando indelicadamente seus sapatos.
Com a idade aprendi a ignorar o erotismo, a bloquear a mente das ações maliciosas da juventude, afinal, tenho 26 anos, uma das idades masculinas mais provocantes, hormonalmente falando. Desde que me encontrei com o jogo do Dark Messenger, minha vida se resumiu a investigar, namorar Luana e investigar. Não vejo em outras mulheres o que vejo em minha namorada, o orgulho de tê-la apenas para mim faz meus olhos se fecharem para as outras. Enfim, ao ver Bia retirando seus sapatos, logo lhe alertei:
-Antes que acabe tentando... Qualquer sedução falhará.
-Precisa de viagra, é? – provocou – Relaxe; você é como um mestre... Não quero me relacionar com você.
-Bom saber.
-Mas não me culpe por ser naturalmente sedutora... – disse enquanto entrava e fechava a porta do banheiro.
Assim que a porta do banheiro foi trancada, troquei de roupa e dirigi-me até a poltrona ao lado da cama de casal, virada para uma escrivaninha de madeira com partes de metal banhado em ouro. Coloquei o livro sob a mesa e o encarei. Era capaz de ouvir meus batimentos cardíacos e pequenas gotas de suor escorregando sobre meu rosto. De repente, Bia abre a porta do banheiro estando apenas de toalha.
-Esqueci de pegar o meu pijama... – Fala Bia, abrindo o armário.
-São 17 horas e 23 minutos... Já vai dormir? – falei, de costas.
-Por acaso está me chamando pra sair de noite?
-Não; achei que vocês dormissem às 22 horas.
-E é verdade... Mas se não vamos sair, fico de pijama.
-Você que sabe... Mas acho que seu pijama está no outro hotel...
-A-ah... – parou por um instante – É mesmo... Vou dormir nua então.
-Você que sabe.
-Você dormiria comigo pelada?
-Por que não? Não vou te tocar mesmo.
-E se eu te tocar ou me mexer enquanto durmo?
-Aí teremos um problema.
-E eu sei que os homens acordam excitados...
-Aí VOCÊ terá um problema...
-Tá, já entendi... Vou dormir com a roupa de trabalho.
-Menina esperta. – falei, virando-me para ela com um sorriso ironicamente sarcástico.
-Besta. – respondeu, voltando para o banheiro.
Abri o livro e comecei a ler o primeiro capítulo: “Começando”.
“Para começar bem, você deve saber como sua vítima irá se sentir. Não comece o jogo sem saber exatamente como ela irá agir. Se começar sem esse conhecimento, poderá ser surpreendido e logicamente capturado. O padrão é que, no começo, ninguém acredite na profundidade do seu jogo. Apenas o testarão, por isso, não limite demais a primeira jogada. Deixe-o compreender como seu jogo funciona.”
-Isso foi a base para a criação do Dark Messenger? – falei comigo e depois continuei.
“O jogo pode evoluir com o tempo, seja ele ficando mais difícil ou fazendo falsos encerramentos, como os xeques que não são xeque-mate. Trata-se de encurralar a vítima de tal maneira que pareça o fim, mas que, na verdade, haja apenas uma saída.”
-Foi assim que ele previu que eu mataria todos da minha classe.
“Tente fazer dessa saída um balanço. De um lado, a liberdade, do outro, um peso na mente, um trauma.”
-Eu, Bia, Luana... Ainda temos traumas...
-Está falando sozinho? – falou Bia, saindo do banheiro.
-Mais ou menos. – levantando da poltrona, falei – Pode-se dizer que meus pensamentos estão complexos demais.
-O que foi? – sentou na cama.
-Achei o livro que gerou o Dark Messenger...
-Achou? E aí?
-Preciso ver o meu e-mail. Não o vejo a meses.
-Por que irá vê-lo agora?
-Acho que nunca ganhei o jogo... Ainda estou jogando.
-Ainda? Isso é impossível, não é? Você os capturou!
-Não... Era um falso xeque-mate... Uma mudança radical de nível...
-Como assim?
-O jogo de verdade começou agora.

========= Continua no próximo capítulo. Wink

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