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Death Mailler -~ Capítulo II [Rumo ao tropical]

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Death Mailler -~ Capítulo II [Rumo ao tropical] Empty Death Mailler -~ Capítulo II [Rumo ao tropical]

Mensagem por Kiko Chuck Qui Set 02, 2010 8:09 pm

============ Informações
Autor: Kiko Chuck
Censura: 16+
Gêneros principais: ação, drama e suspense.
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============ Capítulo II - [Rumo ao tropical]
Palavras; termos que acabam sendo utilizados de maneira superficial, com exceção daqueles poucos que compreendem seus reais significados: espelhos d'alma. Pergunto-me se o Dark Messenger apenas seguiu as ordens de uma nova vítima ou se realmente procurou me atingir indiretamente no atentado contra minha mulher.
"Ela me obrigou!..." - relembro a fala do suicida - "Quem é ela...? Dark Messenger é uma dama?" - pensei.
Estar novamente envolvido com o jogo da morte me deixa angustiado, ansioso e nervoso. Não é qualquer um que pode vencer duas vezes o mesmo oponente que procura esconder seus pontos fracos; devo ter consciência do nível do jogo. Numa pequena e rápida análise, penso que estou perdendo, pois meu oponente me conhece muito bem e sabe como me atingir e torturar sem precisar me tocar, enquanto tenho apenas um suicida como pista para chegar até ele.
-Senhor... – falou um investigador, com vários papéis em mãos.
-Encontrou algo? – interrompi.
-Sim, ele se chamava Ruan e aparentemente estava aqui apenas a passeio.
-Ele não é daqui, é visível.
-Pois é, veio do Brasil, mais especificamente do Rio de Janeiro.
-Rio de Janeiro?!
-Sim... Ele chegou de viagem ainda hoje, pela tarde. Parece que veio somente para tentar matar sua namorada. Encontramos um mapa de Tóquio e eu acho que deveria checá-lo. – finalizou, entregando um mapa com palavras escritas.
No mapa, havia círculos marcando as regiões onde ficam a minha casa e a livraria Kankoo Maoko, e um horário no outro lado do papel.
“Ele realmente veio para matá-la.” – concluí – “E quem o enviou... Deve estar no Rio de Janeiro.”
Com essa descoberta, anulo a idéia de que os assassinatos no internato tenham algo haver com o Dark Messenger, mas, também me deixa ainda mais confuso. Por que o Rio de Janeiro? Dark Messenger é brasileiro? Enfim, essas respostas virão com o desenrolar desse mistério. Por ora, devo apenas ir ao meu encontro frontal com meu eterno rival.
Todos do departamento estavam felizes, pois finalmente encontraram um caso que os dará passagens grátis para fora do Japão. Sei que nosso destino não é a melhor opção e que haverão muitos problemas governamentais e federais por estarmos invadindo um país para solucionar um caso, mas não pretendo desistir e abandonar o que me é importante, afinal, não é apenas a minha vida que está em risco. Infelizmente, Luana não poderá ir pois tem seus compromissos com sua livraria e não pode simplesmente pausar o emprego para viajar comigo, sendo que estou indo à trabalho.
O avião que me levará até o ponto de luta virá apenas no dia seguinte e o vôo durará cerca de seis horas; este é o momento que tenho para relaxar e refletir, pois quando chegar ao destino terei de trabalhar até capturar o grupo que deixa um rastro de mortes por onde passa. Por enquanto, fico em minha casa, deitado em minha cama, olhando para o teto branco e sem nenhuma nova pista.
-“Ela”... Então é uma mulher... – perguntei-me em baixo tom.
-Querido... – falou Luana, adentrando em meu pálido quarto.
-Você ta melhor? Já pode andar? – interrompi, sentando na cama.
-Sim, foi só um arranhão... Mas eu to com medo!
-O Dark Messenger... Ou melhor, a Dark Messenger deve achar que você está morta, não irá mais procurar te matar.
-Não é isso... Eu tenho medo de você morrer.
-Hum... – tentei pensar em algo para acalmá-la, mas não há nada que eu possa falar sobre isso – Bem... Eu vou voltar.
-Mas e se...
-Eu vou voltar! – interrompi – Confie em mim. Não estou fazendo isso apenas por mim, faço pelo meu trabalho, para evitar que outras pessoas morram mundo a fora e principalmente por você! Eles escolheram a pessoa errada para agredir e não permito que se sintam no direito de vir ao Japão apenas para matar minha namorada!
-Q-querido... – noto que ela ficou envergonhada – Tudo bem então... Olhe, nada de ir atrás de outra mulher, hein?
-Não seja idiota. – falei enquanto deitava novamente.
O dia seguinte parecia ser um dia de renascimento, um dia para celebrar o que ainda não aconteceu. Muitos pensamentos me perseguiam em meus sonhos; “Vitória ou derrota?” Se quando estamos à beira da morte nossa vida se passa diante de nossos olhos, acho que estou à beira de um precipício. A estranha sensação é de que cairei e logicamente morrerei. Mas, enfim, não há previsão certa, nem pressentimento sentido. Há apenas um temo que prossegue lentamente como uma bomba-relógio presa numa câmera subterrânea.
Amanheceu e tudo estava em silêncio, ao menos em minha casa. Tóquio é aquele tipo de estado onde sempre tem alguém acordado, trabalhando em seu expediente, por isso, também pode ser chamado de “o estado que nunca dorme”. Mas, havia algo de especial naquele dia. Não havia barulho algum! Seria o famoso “um minuto de silêncio” para o meu funeral que ainda não foi marcado?
-Ichi! – gritou Luana – Você ta pirando?! To falando com você há muito tempo!
-S-sério? Quero dizer... Desculpe, estava distraído.
-Certo, certo. Vá tomar seu banho porque seu táxi pro aeroporto chega em vinte minutos!
-Ah! – gritei, “voando” da cama ao banheiro.
O banho foi rápido, o café-da-manhã também. Quando terminei de me arrumar por completo, ainda faltava quatro minutos para aproveitar e fazer uma despedida para mim.
-À mim! – falei enquanto brindava sozinho uma taça de vinho branco.
Queria convidar Luana para a despedida, mas havia dois sérios problemas: ele não bebe nada que não seja suco ou água mineral e ela já havia partido para a livraria onde trabalha. O seu adeus foi “dramático”, falava:
-Estou indo à livraria, iniciar os programas... Faça uma boa viagem e lembre-se de sua promessa! Fui.
Eu achava que ela falaria algo como “Te amo” ou “Quando chegar, me liga”, mas a única ordem foi “Lembre-se de sua promessa”. Aceitei a decepção e continuei me arrumando até chegar onde parei:
-À mim!
Os goles foram lentos e precisos, a forma ideal de se aproveitar uma taça de vinho em quatro minutos. Assim que terminei, um táxi para em frente a minha porta.
“Bem... Lá vou eu...” – pensei – “Rio de Janeiro.”
Deixei as chaves da casa com minha vizinha, minha irmã de consideração, Gina, e entrei no táxi. No percurso, vi várias cenas suspeitas de assalto, mas, como eu não tinha evidência alguma, não podia fazer nada.
Chegando ao aeroporto, deparei-me frente ao meu colega de trabalho, Tom, um estrangeiro de Q.I. interessantemente variável. Ora ele é um gênio, ora ele é um ser desprovido de inteligência. Mesmo assim, todos o tratam como uma pessoa qualquer.
-Tom! – gritei – É você quem comandará o departamento comigo?
-Não. – respondeu
-E o que faz aqui então?
-Só passeando.
-Hã?
-É CLARO QUE SOU EU! – começou a rir.
Nunca consigo entender a ironia de Tom. Ele fala tão sério que parece estar falando a verdade. Talvez este seja o maior problema social das pessoas potencialmente irônicas: raramente fazem alguém rir de verdade. Depois de uma conversa estranha com Tom, fomos ao nosso “avião particular” para ir ao Brasil.
-Primeiro, iremos à Porto Alegre. Lá, iremos reabastecer o avião numa pausa de aproximadamente vinte minutos e depois seguiremos rumo ao Rio de Janeiro. – disse o piloto – Alguma pergunta?
-Poderemos descer do avião enquanto reabastece?
-Sim, mas todos devem retornar no horário exigido.
-O que tem de bom em Porto Alegre?
-Você não sabe? – interrompeu-me Tom – As gaúchas são perfeitas!
-Eu sou comprometido, Tom.
-E daí? Eu também, mas ela não está aqui mesmo...
-Isso é adultério, Tom. Não seja imbecil como os homens normais e mantenha-se fiel.
-E se ela estiver me traindo?
-Adianta alguma coisa se vingar sem saber a verdade? Concentre-se no trabalho, Tom, ou irei pedir um afastamento de sua presença no MEU caso no Rio de Janeiro! – minha face ficou mais séria que o normal e Tom decidiu ficar calado pelo resto do vôo.
-Er... Fora as gaúchas... – prosseguiu o piloto – Há um centro de estudos que pode te interessar, senhor Ichirou.
-Tem? Certo, irei verificar.
Não me lembro de ter citado o meu nome para o piloto, então imagino que me registraram como passageiro com meu nome real. Porém, a maneira que o piloto falou comigo parecia-me familiar.
-Vem cá, já nos falamos antes?
-Não, pelo que me lembro.
-Certeza...?
Algo incomodava-me bastante naquele piloto, mesmo ele confirmando que essa era a primeira vez que nos encontrávamos. Poderia ser algum detalhe passando despercebido ou apenas falsa intuição?
O departamento que está no avião é composto por membros da elite federal de Tóquio, o que pode significar um enfraquecimento razoável contra o crime. Por tanto, há uma pequena possibilidade de que toda essa viagem seja uma grande armadilha e que o Dark Messenger ainda esteja em Tóquio, livre. Outro fato perturbador é que o Rio de Janeiro é a “Terra do crime” na versão brasileira, onde os moradores são pressionados por ladrões e por policiais e a morte é um vetor constante.
O avião prepara-se para decolar em direção a Porto Alegre:
-A turbulência de hoje será instável, por isso, evitem andar durante o vôo. – falou o piloto de sua cabine.
Desobedecendo as ordens, levantei-me para pedir um copo com água à única aeromoça que estava nos fundos.
-Com licença...
-Você deve sentar agora! O avião já vai levantar vôo! – interrompeu-me a aeromoça, passando-me para um banco ao lado dela – Acredite, você não vai querer ficar em pé por enquanto.
-Tá... – respondi sem entender direito – Eu só queria um copo com água...
Por que o simples fato de estar em pé deixou a aeromoça apavorada?

========= Continua no próximo capítulo. Wink

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