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Death Mailler -~ Capítulo III [O vôo do falcão]

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Death Mailler -~ Capítulo III [O vôo do falcão] Empty Death Mailler -~ Capítulo III [O vôo do falcão]

Mensagem por Kiko Chuck Sáb Set 04, 2010 11:05 pm

============ Informações
Autor: Kiko Chuck
Censura: 16+
Gêneros principais: ação, drama e suspense.
=============================================
============ Capítulo III - [O vôo do falcão]
A aeromoça estava presa a mim, demonstrando traços faciais de traumas passados. Um simples “levantar vôo” a deixou fora de si, o que não é normal para uma aeromoça.
-Relaxe, estou aqui. – tentei acalmá-la – Por que tanto medo?
-Não é da sua conta.
-Estranho, achei que eu fosse cliente com direito a reclamar ao piloto sobre a incrível aeromoça que ajuda sua tripulação...
-Não... Er... Senhor, desculpe-me. – falou enquanto segurava meus braços com força.
Um tempo depois que o som das turbinas não mais incomodava, já estávamos indo ao sul do Brasil. A aeromoça estava mais relaxada e logo me serviu o copo com água que eu tanto queria enquanto pedia para que eu ficasse conversando com ela para passar o tempo.
-Quantos anos você tem?
-19. – respondeu, alargando um sorriso animador.
-Nossa, bem nova para uma aeromoça de vôos internacionais.
-Tive de mexer um pouco em tudo, hehe.
-Não seria crime?
-Não que eu saiba. Existe lei proibindo mexer?
-Hehe, não dessa forma.
Ficamos conversando por muito tempo sobre besteiras que nunca conversei com uma desconhecida. Havia uma aproximação estranha nos envolvendo, como se fossemos da mesma família ou amigos há muito tempo e nunca mais havíamos nos visto.
-Mas, diz aí, de onde vem esse medo?
-Medo? Ah, esquece.
-Algum trauma? Fobia? Por que não me conta?
-Não gosto de falar sobre isso. São apenas péssimas lembranças.
-Todos têm lembranças que não querem compartilhar e preferem guardar a dor de tê-las. Às vezes é bom desabafar.
-Pra isso existe o mar e a lua.
-É, mas não são eles que vão te dizer que podia ser pior.
-Ah, ta bom. Eu fui a única sobrevivente de um acidente aéreo que aconteceu no Chile, dez anos atrás.
-Hum... Você tinha nove anos... O que fazia no avião?
-Estava com meu pai. – começou a chorar – A gente ia pra Buenos Aires, na Argentina, para depois irmos à Bariloche para escalar as Cordilheiras dos Andes... – notando a tristeza fluir em suas lágrimas, decidi abraçá-la.
-Continue...
-A viagem só rolou porque eu insisti! Meu pai não queria ir, nunca quis. Era como se ele soubesse que o avião ia cair!
-Falando nisso... Como você se protegeu?
-Meu pai era um físico-cientista. Ele fez uma espécie de cápsula e me colocou dentro. Não tinha espaço para ele e não deu tempo para ele montar a outra... As últimas palavras dele foram “Fique viva e vença o jogo”.
-Jogo? Que jogo? – estranhei.
-Ele jogava algo haver com Dark Messenger... Mas depois do acidente, todas as mensagens do jogo pararam de aparecer...
-Dark Messenger?!
-O que é que tem?
-Se eu te disser que o “acidente aéreo” não foi um acidente e sim um assassinato, acreditaria na possibilidade?
-Hã? Por quê?
-Nove anos atrás, fui escolhido para jogar o jogo do Dark Messenger e consegui derrotá-lo, mas não consegui prendê-lo.
-Nove anos atrás... Um ano depois de meu pai?
-Exato. Tudo indica que o Dark Messenger é um assassino viciado em jogos enigmáticos.
-Então não foi um acidente? Queriam matar meu pai?
-Seu pai provavelmente perdeu o jogo e quis realizar seus desejos ou ao menos confortá-la no caso de morrer. Por isso, levou peças para montar as cápsulas protetoras.
-Faz sentido...
-Você está bem? – falei ao ver que ela olhava fixamente para o chão.
-Sim... Só queria poder vingar o meu pai...
-Deixe comigo, estou indo pôr um fim no Dark Messenger.
Após falar com a aeromoça, desvendar seus traumas e descobrir mais informações sobre Dark Messenger, voltei para a minha poltrona. Ainda faltava cerca de duas horas para chegarmos em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
“Dark Messenger... Então estamos em sua terra natal?” – pensei.
Queria ligar para Luana, falar e ouvir aquela voz que agora me fez sentir saudades intensas. Cheguei a pensar em largar o caso e voltar para casa, mas ainda tenho contas a encerrar. Seguindo a viagem, dormi.
-ICHIROU!! – berrou Tom, acordando-me assustado.
-O QUE FOI? – levantei rapidamente.
-Estamos em Porto Alegre, tchê!
Havíamos acabado de chegar e já sentíamos as diferenças atmosférica, climática e vegetal, mas apenas ignorei e fui ao Centro de Estudos citado pelo piloto da nossa aeronave sendo acompanhado pela aeromoça.
-Ah, ainda não me apresentei, certo? – falou a aeromoça.
-Pois é, nem eu.
-Meu nome é Beatriz, mas pode me chamar de Bia.
-Bia, hum... Pode me chamar de Ichi. Sabe onde fica o Centro de Estudos? Estou meio perdido...
-Sei sim... Eu já imaginava que você se perderia... Homens...
-O que quis dizer com isso?
-Nada não... Mas posso ser sua guia aqui e no Rio de Janeiro.
-Rio de Janeiro... Conta quais lugares posso ir lá enquanto vamos?
A conversa durou até chegarmos ao centro, meu ponto de pesquisas históricas que não se encontram facilmente. O local não apresentava muitos trabalhos locais mas havia um produto que já não se usa no Japão, o conservador de jornais. É útil para quem quer analisar as transformações econômicas do país ou solucionar pequenos mistérios da região. Porém, mesmo sabendo que o caso Dark Messenger não é pequeno, decidi abrir o programa e ver os jornais de dez anos atrás, época de quando o pai de Bia era o jogador. Talvez encontrasse alguma pista, e encontrei: houve uma série de assassinatos nos períodos de fevereiro a março daquele ano e, de repente, cessaram. Certamente foi obra do jogador. Mas havia algo diferente, como os locais do assassinato e os horários. Todas as mortes ocorreram por volta das 19h e era apenas uma vítima por vez. Nenhum assassinato ocorreu dentro de residências ou áreas de trabalho, somente em locais públicos que estavam desertos no momento. As mortes foram rápidas, sem sinal de espancamento ou qualquer outra agressão física. Agora o que mais me perturba é não saber se tudo isso era apenas o padrão de escolhas do pai de Bia ou se o jogo era mais limitado por algum motivo desconhecido. Depois de fazer uma análise rápida, concluí que 70% dos assassinatos aconteceram no mesmo bairro e até então não consegui encontrar o nome do estado onde se encontrava.
“Os dados foram apagados” – pensei – “O Dark Messenger está me convidando para caçá-lo?”
Tenho o nome de um bairro, mas não sei a qual cidade pertence. Ao pesquisar num mapa virtual, descobri que existem cinco cidades que contém um bairro com aquele nome. Um enigma? Talvez. Descartei uma das cidades pois o bairro é industrial, não há muitas casas e, de acordo com a velha foto do velho jornal, há casas e árvores na região.
-Irei precisar de ajuda nesse caso... – falei, olhando para Bia que quase dormia sentada ao meu lado.
-Ah... Vai...? – pergunta na maior sonolência.
-Ei, que horas a gente volta pro avião?
-Daqui a cinco minutos...
-Hum... – pensando sobre quanto tempo levaria para analisar os outros bairros, conclui que... – É melhor voltarmos agora.
Peguei minha caderneta com todas as minhas pistas anotadas e voltamos para a aeronave.
-Tom... Achei algumas pistas interessantes...
-Que pistas?
-Tenho o nome de um bairro, mas existem quatro cidades suspeitas que contém um bairro com o nome encontrado.
-O que aconteceu lá?
-70% dos assassinatos de dez anos atrás ocorreram nesse local, sendo que TODOS foram por volta das 19h.
-Dark Messenger?... Ele era um estudante de faculdade?
-Sei lá, por que a pergunta?
-Algumas faculdades do Brasil liberam seus alunos às 18h com direito a 30 minutos de atraso.
-Se pesquisarmos por esse tipo de faculdade nas quatro cidades suspeitas poderemos encontrar a residência do Dark Messenger!
-Ou não. – retrucou Tom.
-Por que não?
-Lembre-se que foi dez anos atrás. Talvez seja possível encontrar a antiga casa dele, mas é muito pouco provável que exista alguma pista por lá.
-É mesmo... Muita coisa muda em 10 anos... Mas é melhor seguir a boa pista do que seguir sem.
-Sem dúvida.
Mais uma vez, Tom prova que merece estar em minha equipe. Sem ele, não notaria o detalhe das faculdades e a mudança ocorrida em dez anos. Certamente, outras pessoas moram na antiga casa do Dark Messenger, porém, se ele deixou uma pista propositalmente, é porque haverá algo na casa que me levará até ele.
-Ichi, vem pra cá... O avião já vai levantar vôo... – falou Bia.
-OK.
A parada em Porto Alegre foi útil, mais do que esperava. Sinto que estou deixando algum detalhe passar despercebido, mas não imagino o que. Novamente o avião decola enquanto Bia me abraça pelo braço para se sentir protegida. Observando a cidade pela janela, vejo as belezas que existem em Porto Alegre e no restante do Rio Grande do Sul.
-Uma cachoeira... – falei sem querer.
-Nunca viu uma? – perguntou Bia, agora relaxada.
-Não...
Tendo a vista do estado daquele ponto e imaginar estar caçando o Dark Messenger fez-me sentir como se eu fosse um falcão e ele fosse a minha presa. Próximo passo? Vamos à Copacabana, Rio de Janeiro!

========= Continua no próximo capítulo. Wink

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