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Clone 917433X [ cap. 1]

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Clone 917433X [ cap. 1] Empty Clone 917433X [ cap. 1]

Mensagem por A.Moura Sáb Ago 29, 2009 7:03 pm

Capítulo um



Ryan voltou ao abrigo depois de uma trágica ronda, seu corpo estava totalmente coberto de sangue seco e poeira, seu cabelo preto todo despenteado e sujo, no seu corpo não se via nada mais que arranhões e sangue, muito sangue. Nas suas costas, por cima da roupa preta, levava a sua arma, nos seus braços o seu colega.

Pela posição nos braços de Ryan e quantidade de sangue no corpo, Alexander já estava morto há muito. Assim como os outros resistentes que tinham ido nesta ronda, estava vestido de preto da cabeça aos pés, mas nele a roupa estava muito mais estragada e marcada com o sangue. O seu cabelo loiro continha uma cor também avermelhada, o seu sorriso não estava lá, mas ele parecia ter uma expressão calma, quase angelical.

Cabeças baixaram-se num movimento de pesar enquanto eles passavam em silêncio pelas portas do abrigo, alguns tinham expressão de tristeza, outros de espanto.
Nem uma única palavra foi proferida entre os sobreviventes, ninguém sabia o que dizer, apenas seguiam com mágoa o Ryan para um quarto, Ryan chegou-se ao pé da cama com lençóis brancos e deitou o colega nela, com tanto cuidado como se deita uma criança adormecida.

Cada um dos sobreviventes saiu do pequeno e simples quarto, deixando Ryan no silêncio que precisava. Sozinho de joelhos ao pé do seu colega, nem um suspiro ouviu-se, mentalmente ele martirizava-se apenas como ele sabia fazer, mesmo sabendo que não podia ter feito nada, culpava-se da morte do seu colega e amigo.

A porta atrás dele abriu suavemente, mas ele nem se deu ao trabalho de ver quem passava por ela, ele sabia quem era.

- Ryan… – Catherine ajoelhou-se ao pé dele olhando para os seus profundos olhos pretos, com pena e carinho. Colocou a sua mão sobre o ombro do seu irmão e esperou que ele dissesse algo.
Ryan levantou-se, um olhar insensível e frio nos seus olhos, deixando a irmã a olhar para ele perplexa. – Catherine, avisa os restantes que hoje é o funeral, todas as rondas da noite estão canceladas. – Ele parou e olhou para irmã com uma grande determinação nos olhos. - Está descansada a morte dele será vingada. – Ryan sentia-se culpado de não ter conseguido salvar o namorado da sua irmã, de não a ter protegido de tanto sofrimento.

Catherine tentou dizer algo ao irmão mas não conseguiu, a sua cabeça estava parada desde que tinha visto o Ryan com o Alexander nos braços a passar pelas portas do abrigo. Ela viu o irmão sair lentamente do quarto, nesse momento, sozinha, ela chorou a morte do seu ex futuro marido.

Por entre lágrimas e soluços, olhou para ele e arrependeu-se de não terem dito a todos que iam casar-se antes dele sair mas, Catherine, queria dizer depois dele vir da sua ronda, e agora era demasiado tarde.

Catherine recompôs-se, deu um beijo nos lábios frios do Alexander e começou a limpá-lo para o funeral. Começou pela sua face, com uma pano branco e água perfumada, passando suavemente o pano húmido em carícias calmas e suaves, como ela fazia sempre que ele vinha de uma ronda, passou para o seu peito, tentou não estar a olhar muito para os buracos que ele tinha no peito, cada buraco no peito dele parecia que abria um no dela.

Ela tentou limpar melhor possível o corpo dele, as suas amigas ofereceram-se para ajudar, mas aquilo era uma coisa que Catherine queria fazer sozinha, ela não queria ninguém ali, não enquanto ela chorava e limpava-o.

Penteou os cabelos loiros lavados do Alexander, com carinho tentando fazer o que ele fazia a ela todas as manhãs, depois da beijar intensamente. Vestiu-o com o melhor smoking que ele tinha, Catherine parou e olhou para ele e ficou admirada como ele mesmo morto transmitia tanta beleza e confiança.

- Amo-te. – Catherine sussurrou antes de outro beijo nos lábios frios e duros.

Do bolso do seu vestido azul, retirou a aliança que eles iriam usar essa noite pela primeira vez do e colocou-a no dedo do Alexander, pegou na sua e colocou-a em cima do peito dele. Olhou uma última vez para ele, estava pronto para ser posto no caixão.

Catherine começou a avisar todos que o funeral seria já essa noite, e todos a apoiavam e davam os pêsames, ela apenas respondia num sorriso pré-fabricado: “obrigada” ou “estou bem”.

Ryan desceu para a zona comum, apenas uma grande sala de estar, com grandes sofás castanhos em volta e uma televisão plasma ao fundo, no meio havia uma mesa rectangular onde estava o caixão aberto, para as pessoas poderem-se despedir do Alexander, a iluminação era pouca: apenas velas nas mãos das pessoas, todas brancas menos a da Catherine que era negra, representando assim ser a companheira do Alexander.

Fizeram uns minutos de silêncio, depois quatro homens, incluindo o Ryan pegaram no caixão de madeira, braço no caixão e no outro a sua vela, e levaram-no para fora, o caixão vermelho escuro foi colocado no meio de um roda de madeira e ramos secos, pronto para ser queimado. Um por um, começando pela Catherine e acabando no Ryan, começaram a deixar as suas velas acender os ramos secos, o fumo cinzento subiu no céu escuro e estrelado, Catherine começou a sentir as lágrimas nos olhos, e depois um soluço teimou em sair. Ela virou costas e começou a correr para o abrigo.

- Vão ter com ela, ela precisa. – Ryan disse quando ouviu as passadas apressadas dela a no chão seco. Todos ficaram quietos a observar o seu líder. – Eu disse vão! Precisam de um desenho? – Ele disse sinceramente irritado, não com os outros, mas consigo mesmo.

Todos dispersaram, uns indo ter com a Catherine que se fechara no seu quarto e outros simplesmente saíram sem rumo para dentro do abrigo.

- Michael, fica aqui e prepara-te para o que der e vier, pareceu-me ter visto algo. – Ryan disse enquanto tirava uma pequena arma do seu bolso e andava até a um muro do abrigo.

Michael retirou a sua arma também e começou com atenção a olhar em volta, a arma pronta a disparar e a adrenalina a percorrer cada veia do seu ser. O que aconteceria se fosse um caçador, ou mesmo apenas um clone normal? Eles iriam reportar o que tinham visto ao governador e o abrigo iria acabar.

Ryan andou devagar, desligou os sensores que estava no muro e subiu para cima dele, ele sabia que em cima dele era alvo fácil, mas era a melhor maneira de ver quem tinha estado ali. No seu horizonte viu um clone caçador nas suas rondas normais nas periferias da cidade, mas ele nem estava a olhar para ali, não podia ter sido ele. Continuou a olhar em volta, apenas via terrenos abandonados e no horizonte a cidade. De repente algo saltou para trás dele, ele virou-se rapidamente com o barulho nas suas costas, apenas viu um gato negro com olhos azuis que soltou um grande miado. Ryan saltou novamente para o chão, quase rindo de se ter assustado com um gato, pegou nele ao colo e voltou para ao pé do Michael.

- Olha só quem é que estava a passar o nosso perímetro de segurança. – Ryan sorriu enquanto fazia festas no gato preto.

Michael não se conteve e começou a rir, colocou a mão no ombro do amigo e assim os três entraram: o Michael, o Ryan e o gato. Com uma tristeza no coração mas confiança na face, era o que o Alexender iria querer.

917433X, ou X como agora a chamavam, saiu do seu esconderijo, ela sabia que tinha tentado a sua sorte ao entrar no que ela já há muito sabia ser o abrigo da resistência, ainda bem que um gato estava a passear por ali, porque se não ela podia ter sido vista. Ela colocou o seu capuz preto enquanto observava o resto do fogo apagar-se, porque eles faziam aquilo? E porque é que ela sentia a necessidade de saber? Mas ainda mais grave e preocupante, porque é que ela ainda não tinha dito ao seu senhor que sabia a localização precisa do abrigo dos resistentes? X abanou a cabeça e começou a andar de volta ao seu senhor.

Chegou ao escritório do seu senhor, no edifício mais alto da cidade, e encontrou-o detrás da sua mesa, como sempre. O escritório gritava riqueza o seu computador e as suas mais de doze televisões portáteis, tão finas como papel e igualmente maleáveis eram da melhor tecnologia, todos os seus móveis eram de madeira o material mais caro e raro do mundo, ele até tinha uma orquídea branca no escritório, comprar plantas era extremamente caro devido à sua raridade. Ao Sr. Last não bastava o bom, apenas o melhor e mais único.

Sr. Last era jovem cerca de 26 anos, moreno, uns grandes olhos castanhos-claros e um cabelo castanho sempre perfeitamente curto e penteado. Andava sempre de smokings finos e embora tivesse empregados para tudo, parecia estar sempre ocupado dentro do seu escritório.

- X, chegaste. – Senhor Last cumprimentou. – Demoraste muito hoje… – Ele disse e X notou uma ligeira mudança no tom de voz dele, mas não a conseguia compreender.

Ela baixou o seu capuz preto, mostrando assim o seu liso cabelo castanho claro, a sua pele ligeiramente morena e os seus olhos de gata, verdes. Ela sabia que tinha de escolher as palavras com cuidado ao pé do seu senhor, ela não queria que ele descobrisse por onde andava, não antes de perceber os tão estranhos mas tão interessantes resistentes.

- Apenas demorei um pouco mais na ronda. – Ela respondeu com total indiferença.
- Aproxima-te X, anda ver uma coisa no computador. – Sr. Last disse com uma voz calma.

X aproximou-se do computador onde se via toda a cidade, os carros flutuadores, algumas pessoas no jardim com as árvores falsas, ela via nesse mapa várias luzes a mexerem-se com uns números em baixo, X ficou confusa com o que ele estava a mostrar e apenas não disse nada.

- Sabes X, – Ele falou num tom calmo, mas frio – vocês todos têm um localizador no seu corpo. Apenas por protecção. – X olhou para ele, tentando saber onde iria chegar. – Assim se algo acontecer sei sempre onde estão. Tenho notado que tens…

As portas de madeira duplas abriram-se rapidamente, passaram por elas dois homens vestidos de preto a segurarem uma rapariga de cabelo castanho, olhos escuros e estatura frágil pelos braços, numa posição que era tudo menos cómoda. Eles ajoelharam-na no chão segurando-lhe os braços. A rapariga debatia-se contra eles tentando-se soltar, mas o aperto deles era muito mais forte do que ela. Na sua cara não havia tristeza, apenas uma expressão que X reconheceu ser raiva.

- O que aconteceu? – Sr. Last disse enquanto se aproximava dela, um sorriso óbvio na sua cara.
- Uma resistente. – Um dos guardas respondeu numa voz normal.
X observava tudo de trás ao pé da grande janela, a rapariga era a mesma que saíra a chorar quando os resistentes pegaram fogo àquele caixão, era a rapariga que levava a vela preta.
- Uma resistente? – Sr. Last disse numa voz de gozo.
- Tu és nojento Erik! Desculpa enganei-me, agora é governador não é? – Ela cuspiu-lhe para a cara, a raiva pulsava em cada veia.

Erik puxou o braço atrás e deu um soco em cheio na cara dela, rebentando-lhe o lábio, a rapariga apenas olhou com os mesmos olhos de raiva para ele enquanto sentia o sangue quente na boca e aquele sabor metalizado.

- X, leva-a para os quartos, ela vai cantar como um pássaro quando a altura chegar. – Ele disse enquanto limpava a cara com um lenço branco, puxou os cabelos dela para que ela o olhasse bem nos olhos. – Pena não te poder fazer em clone já, as informações que tens são muito valiosas para mim.

X ficou curiosa com essa frase, o que era um clone? E porque parecia que esta rapariga odiava tanto o Sr. Last? X deixou isso para pensar depois e cumpriu a ordem, pegou nela pelos braços e levou-a para baixo, para os quartos.


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Espero que gostem e comentem Very Happy
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Mensagem por Kiko Chuck Sáb Ago 29, 2009 10:53 pm

isso me lembrou o anime Avenger, mas okay.

tem alguns errinhos de português, mas, em relação a quantidade de texto, são pouquíssimos xD

e essa fic eh interessante =O
-quero saber como pegaram ela *-*
-pq chama toda mulher d rapariga? =x
-etc.

ahouhaoh
continue assim Very Happy
Atenciosamente,
Kiko//
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Mensagem por Brian Sáb Ago 29, 2009 10:59 pm

Kiko Chuck escreveu:-pq chama toda mulher d rapariga? =x

Em Portugal rapariga = moça. E eu notei varias outras semelhanças com o português lusitano. És de lá? Very Happy

'Nway, gostei bastante.
Fora uns errinhos aqui e acolá (Ah, vai. Errar é humano), o texto estava perfeito.
No aguardo da continuação ^^
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Mensagem por A.Moura Dom Ago 30, 2009 9:32 am

Kiko Chuck escreveu:isso me lembrou o anime Avenger, mas okay.

Nem nunca vi isso na minha vida, mas tenho de dar uma vista de olhos, quanto aos erros irei tomar mais atenção.
Ainda sou novinha nestas coisas.

Ps: obrigada a todos que comentaram =D


E sim sou portuguesa LOOOL , espero que nao faça mal =S
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Mensagem por Kiko Chuck Dom Ago 30, 2009 9:48 am

mal?? não tem mal algum!

ahouhahohahah
pelo menos pra mim '-'
já to acostumado a falar com gente de fora... xD
[argentinos, espanhóis, ingleses, mexicanos, japoneses @_@]
pior foi meu amigo falando com um francês.. não entendi nada '-'

mas, bem, assista Avenger, é muito bom xD
e é quase o mesmo tema: futurístico/clones/rebeliões..
só que o que acontece é que os humanos foram arrastados pra Marte, porque a Terra foi destruída... Mas, Marte também seria destruída se tivesse humanos demais. O que fizeram? Implantaram uma lei que impossibilitava todos os cidadãos de terem filhos.

Daí, para satisfazer quem queria ter filho, criaram os clones: crianças robôs.

é meio parecido com o que você escreve, mas o enredo da história é bem diferente XD

Até maais \o\
Kiko Chuck
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