[Cap. IV. Poderes revividos - Stefan]

Stefan, Reino de Vérnon

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A noite estava gélida sob uma nuvem de neblina abominável, como se as nuvens descessem para a superfície no meio da escuridão. Não era a época para se ter neblina nas terras do Ocidente; o tempo havia mudado; a era negra de Vérnon estava próxima.

Dois soldados, desesperados pela morte de seu general, corriam pelas ruas escuras à procura de socorro. Haviam fugido dos terríveis Cavaleiros Negros, separando-se do resto da tropa.

Encontraram refúgio dentro de uma taberna, escondida pela penumbra dos muros de pedra de um pequeno vilarejo.


-Covardes! - murmurou um velho assim que os viu entrar. - Vocês não são dignos de morrerem justamente! Correndo da morte como cães sarnentos!

-Cale-se, velho tolo! - berrou um dos soldados ofegante. Ainda tinha a espada ensanguentada nas mãos. - Se morrermos, quem os protegerá?!


O velho gargalhou com vontade sobre eles. Sua voz grossa e fanha ecoou pela taberna escura.


-Está dizendo que vocês nos protegem? - desdenhou o velho voltando a gargalhar.

-Cale-se!! Eles nos ouvirão! Cale-se! - o soldado se aproximou do velho em passos duros, mas foi repreendido pelo outro ao seu lado.

-Já é tarde para pensar em proteção, meu caro soldado. - indagou o velho, bebendo de um gole só uma caneca de vilho. - O poder negro começou a tomar o mundo... Nosso reino, Herot foi apenas o começo...


As vozes sussurradas dentro da taberna, calaram-se assim que o ouviram. Os homens que bebiam no balcão, pararam com as canecas no alto, as meretrizes cerraram os olhos assustadas e os bêbados pararam de cantarolar.

Assim que o velho acabara de falar, um homem com uma longa capa preta adentrou a taberna. Retirou o capuz mostrando seus olhos frios da cor da prata, a expressão dura, suas mãos cerradas segurando uma espada.


-Por que pararam? - perguntou ele com um sorriso sarcástico. Os olhos prateados percorreram cada canto da taberna, parando nas silhuetas dos soldados de frente ao balcão.

-Salazar! - a voz rouca e fanhosa do velho chamou o mais recente visitante. - O que faz tão longe de Mont Carlo?

-Pelas barbas de Caius! Você ainda está vivo? - Salazar parecia bem à vontade naquele ambiente, porém os outros ocupantes estavam da mesma forma de quando o viram entrar.

-Responda verme! - o velho cuspiu irritado, mas no momento seguinte sentiu uma lâmina afiada roçar sua garganta. Salazar aparecera diante dele rapidamente, ameaçando-o com a espada.

-Cuidado com a língua, seu velho miserável. - disse entre dentes. - O que pode interessa-lo a minha visita?

-Você está sempre ao lado do rei Lucius... - murmurou o velho. Os olhos fitando a espada em sua garganta. - Me pergunto o que é interessante para você, aqui nesta pocilga!

-Não deveria se perguntar nada. - disse Salazar guardando a espada. - Não pertenço mais ao reino de Mont Carlo, agora que a rainha morreu.

-Rainha Ariel está morta?

-Estou aqui a pedido de meu novo comandante... - Salazar ignorou o velho, caminhando para perto dos dois soldados rijos em frente ao balcão. - O que estão fazendo aqui? - perguntou ele brandamente, os olhos entreabertos, ainda segurando a espada.

-Quem é vo...

-Perguntarei pela última vez! - ele apontou a espada, a lâmina cortou o ar, uma luz prateada reluzindo nela.

-Estão fugindo! - berrou o velho do outro lado. - Míseros covardes!

-Nossa tropa foi bloqueada por cinco soldados de Vérnon e...

-Apenas cinco?! - Salazar fez uma carranca de nojo, ainda com a espada apontada para eles.

-Você não deve ter visto um Cavaleiro Negro de verdade... Um deles já é uma ameaça!

-São apenas homens! - cuspiu Salazar. - Reles humanos por baixo das armaduras! Eu os matei, bando de vermes desprezíveis! - ele os empurrou para cima de uma mesa, quebrando-a em pedaços.

Salazar arrastou os dois soldados para fora da taberna escura, adentrando a noite gélida e nebulosa.


-Quem é você?! - perguntou o soldado. - Para nos tratar dessa maneira com superioridade?

-Sou o novo general! - respondeu ele áspero, empurrando o homem para o chão novamente. - Estou no comando a partir de agora! Ordens de Faramir.

-Faramir? Ele é apenas um regente! Não tem autoridade para escolher um novo general!

-Ele ficará feliz em saber disso... - ironizou Salazar. - Quando arrancar-lhe a cabeça. - completou.


Os três homens seguiram de volta o caminho do qual os soldados fugiam minutos antes. Um rastro de sangue era visível no solo. Logo à frente, os corpos dos soldados mortos, o antigo general e os Cavaleiros Negros, sobre um imenso rio de sangue.

Salazar parou assim que contou os cadáveres dos inimigos. Haviam apenas quatro e pelo que soube haviam cinco deles. No meio da luta, Salazar não reparara em quantos atacou naquele momento.


-Parem! - disse ele. Os olhos prateados percorrendo a neblina em guarda, esperando pelo ataque.

-Como você os matou? - perguntou um dos homens. - Eles são quase invencíveis!

-Silêncio!


Salazar continuou a vasculhar a escuridão com os olhos atentos. Tentou ouvir algum som longíquo e conseguiu. Um barulho metálico veio dentre a neblina, gritos o acompanhava. Salazar seguiu o som, empurrando os soldados medrosos à sua frente.

O barulho tornou-se mais alto, então ele o viu. Um Cavaleiro Negro lutando com alguém em meio a neblina. Salazar se aproximou mais um pouco, passando por cima de dois corpos: um homem e uma mulher ensanguentados. Ele preparou a espada, foi então que notou quem era o oponente do inimigo. Um garoto de cabelos negros, aparentava ter apenas quinze anos de idade. Porém parecia ser mais forte que aparentava. Naquelas circunstâncias, ele já deveria estar morto.

Salazar abaixou a espada e o observou curiosamente.

O jovem se defendia perfeitamente, girando a espada sobre a cabeça e apunhalando-a na hora certa. O Cavaleiro Negro urrou de irritação, girando a espada para matá-lo, usando uma força descomunal sobre ela. O jovem abaixou-se passando a espada nas pernas do cavaleiro com tanta força, que o fez cair de joelhos. Salazar viu que não fora uma força qualquer, afinal um homem comum não poderia perfurar a armadura de um Cavaleiro Negro, que era totalmente envolvida por magia das trevas. Aquele garoto não era humano, concluiu.

O rapaz aproximou-se do cavaleiro de joelhos, juntou todas forças que poderia ter, então com um grito, expressando sua fúria, o decapitou. A cabeça do guerreiro rolou até os pés de Salazar que observava tudo com os outros soldados.

O jovem de cabelos negros, caiu de joelhos no chão, arfando. Olhou através da neblina, só então reparou nos três homens que o fitavam. Ele se levantou bruscamente, levantando a espada mais uma vez.


-Calma, filho! - disse Salazar. - Não somos Cavaleiros Negros.

-Não se aproximem! - berrou o garoto desafiante. Os olhos brilhando em fúria.

-Sua família está morta. - disse Salazar dando um passo até ele. - Creio que tenha agido tarde...

-Não são minha família! - indagou o jovem furioso.

-Eu conhenço você! - um dos soldados deu um passo até Salazar.

-Stefan! - berrou o outro. - O garoto que nasceu no Reino Negro de Vérnon, foi vendido como escravo, depois adotado por essa família.

-Você é muito forte, rapaz... Não é qualquer um que pode matar um Cavaleiro de Vérnon. - deu mais um passo até ele. - Eu posso treiná-lo... Venha comigo.

-Não estou pedindo nada de você, soldado desprezível!


Salazar juntou as sobrancelhas, preparando-se para atacá-lo, quando percebeu a marca ao lado do olho do garoto. Lembrava muito a marca da princesa Arthennya. Aquilo era um tanto curioso, pensou ele. O que poderia significar?


-Que marca é essa no seu rosto? - perguntou Salazar se aproximando com mais um passo.

-Fique longe de mim! - ele tinha um gêneo forte e arrogante, exatamente como Salazar. Então só havia uma maneira de convencê-lo.

-Venha, garoto! Nunca sonhou grande? Ainda quer viver no meio desses vilarejos de camponeses? - Salazar percebeu que a expressão do garoto amolecera um pouco. - Você é grande, rapaz. E deve estar no meio dos “grandes”. No meio dos fortes e bravos. Aqui não é o seu lugar... Se ficar, será apenas um escravo novamente. - ele virou as costas para o garoto e caminhou lentamente até os outros soldados.


Stefan ficou confuso, desviando os olhos para o nada da noite, depois abaixou a espada. Tudo que desejava era entender o motivo da sua existência. Era saber onde estava sua verdadeira família. Saber o motivo de ser o que era. Mas quem teria a resposta? Aquele homem?


-Para onde vamos? - perguntou depois de um tempo. Salazar parou de andar e o fitou por cima dos ombros.

-Saberá se me seguir...


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Se houver algum erro me avisem por favor. Betei às pressas!!

tem erros de português só..
tipo viZitar... só vi erros de trocar S por Z mesmo xD


tem outros lá @_@
mas tah legal xD
pensei até em como seria isso em anime
por isso q demoro pra ler *-*
hoauhaohahouhaoh

~Denny, vc tem uma imaginação interessante ;D

@EDIT__
Pq ngm comenta nos outros fóruns + ? '-'

Meu Deus!! São erros horríveis!! Vou corrigir agora mesmo!! Vlw!

Brigada Kiko... Minha mãe fala que eu sou é maluca!!
E eu concordo...

Ah se eu tivesse tempo de escrever todas minhas malukices...

bjss e brigada pelo comentário!

@EDIT__
Estou esperando um tempinho pra ler as outras fics do site...